30 de abril de 2009

O embargo à carne suína


O embargo à carne suína se prolifera, mesmo com as garantias da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e de produtores de que o consumo não aumenta o risco de pandemia de gripe suína. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) disse que o nome da doença está incorreto e deveria chamar-se "gripe americana", já que tem origem na América do Norte. Segundo a OIE, não há nenhum porco afetado. Por isso, o nome mais adequado deveria ser influenza americana, assim como foi denominada a gripe que atingiu o mundo em 1918 e 1919 e matou 50 milhões de pessoas na China, Rússia, Coreia do Sul, Indonésia e Tailândia anunciaram que estão impedindo a entrada de carnes dos Estados Unidos e do México. Por enquanto, o país mais afetado são os Estados Unidos - 25% da produção de carne suína norte-americana é exportada. Segundo a Federação de Exportadores de Carne dos Estados Unidos, o setor vendeu US$ 4,9 bilhões ao exterior em 2008. Em teoria, o embargo poderia favorecer as exportações brasileiras, que não foram atingidas pela restrição. Mas os produtores e o governo brasileiros estão cautelosos e preferem garantir que não haja fechamento dos mercados. "Não queremos que esse problema se chame gripe suína. Ela é uma gripe mexicana", disse Pedro Camargo, presidente da Associação dos Produtores de Carne Suína no Brasil. "O problema é de saúde humana, não animal", disse, temendo que um caso no Brasil acabe colocando o País na lista dos exportadores que sofrem embargos. O Brasil iniciou uma ofensiva diplomática para que entidades internacionais esclareçam que o consumo de carne não é uma ameaça. O Ministério da Agricultura do País entrou em contato ontem com a alta cúpula da OIE e conseguiu um compromisso da entidade de que um comunicado seria publicado, alertando que não existe um problema de saúde animal e o consumo de carne não precisa ser suspenso. Ontem, circularam rumores de que a Ucrânia iria barrar toda a carne suína das Américas, inclusive do Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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