1 de maio de 2018

Vitória na Guiné-Bissau - Muçulmanos começam a rejeitar mutilação feminina



Deus coloca sonhos no coração da gente que muitas vezes são difíceis de se realizar. Aramos a terra com as mãos, regamos com lágrimas e não fazemos ideia de quantos frutos nossa pequena semente dará.
Na Guiné-Bissau, sofri muita perseguição quando em meados de 2016 estava trabalhando no episódio do nosso programa missionário de TV, Caminho de Volta, que abordava o tema da mutilação feminina. Houve muito falatório e discussões a respeito dele, quando o episódio foi ao ar. Na história, frisamos o fato de a mutilação feminina, além de ser uma violência grande na vida das meninas, ser considerada também crime pelas leis internacionais; e sua prática não está, como muitos acreditam, indicada no Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, ou tampouco em outro livro religioso. Muitos muçulmanos acreditavam que este era um dos pilares de sua religião e indicado pelo profeta Maomé.
Neste período, chegaram a parar a transmissão do nosso programa em cadeia nacional, e só conseguimos retomar as transmissões após 40 dias de jejum e oração.
Choramos bastante. Mas hoje as lágrimas são de alegria ao receber a notícia de que por toda a Guiné-Bissau, principalmente nas entradas e saídas das cidades com maior porcentagem de etnias que praticam, ou praticavam a mutilação feminina, está um outdoor grande com um texto que diz: “Mutilação feminina não faz parte dos 5 pilares do islã”.
Não tenho palavras para agradecer a Deus ao ver o quanto Ele tem demonstrado seu amor pelo povo guineense. Ele se importa com grandes e pequenos. Ele tem escrito novas histórias para essa nova geração e, principalmente, tem me permitido ver e participar do que Ele está fazendo no meio deles. Por tudo isso, sou grata ao grande Eu Sou, a verdadeira esperança às nações.

Renata Santos, missionária na Guiné-Bissau
http://missoesmundiais.com.br/

0 comentários :