13 de junho de 2009

A Flor e o Vento


Nada me pesa hoje.
A não ser o amor.
Mas o amor não pesa. Levanta pesos, afasta questionamentos, abre a janela, enriquece a alma, faz milagres de transformação.
Hoje, por exemplo, antes
que o olhar alcance o muro,
a chaminé da fábrica, a poluição,
o amor me faz ver o jardim,
e sentir que é um pouco meu,
com suas roseiras e companheiras que se balançam ao vento...
Um vento bom, que não levanta pó, e refresca o ar e a alma da gente.
E é, então, que me volta o pensamento:
será o vento que balança a flor ou será a flor que se balança ao vento? Isso tem importância?
Claro. Toda descoberta é importante:
se é a flor que se balança, tem que estar atenta e até ansiosa;
mas se ela apenas se inclina,
para lá, para cá,
à vontade desse vento que ela nem sabe de onde vem, nem para onde vai, é apenas uma questão de sensibilidade, confiança, entrega total.
Isso é lá com a flor.
E comigo, também.
Porque, nessa manhã de bem e luz, a harmonia que me faz cantar assim é a paz de Deus reinando em mim.

Myrtes Matias

2 comentários :

Léia Silva disse...

parabéns pela escolha da poeesia, linda demais!

Aparecida Campos disse...

Olá querida! Tenho um selo p vc, passe no meu blog (Prêmio mouse de ouro) e pegue ok!