22 de abril de 2019

O segredo de caifás

 Autor: Beatriz Becerra
Gênero: Romance Histórico
Geração Editorial

Sinopse:
Segundo a Bíblia, José Caifás, supremo sacerdote do Templo de Jerusalém, um dos judeus mais ricos daquela época, condenou Jesus Cristo à morte quando ele se revelou como o Messias. Dois mil anos depois seus ossos foram encontrados, juntamente com os de uma mulher, um adolescente e dois meninos. De quem são esses ossos? Qual o segredo que Caifás levou para o túmulo? Quem nos revela esse segredo ao contar sua própria história é Miriam, criada do palácio de Caifás. Pela vida de Miriam se entrecruzam as dos personagens mais proeminentes de seu tempo, como Jesus, sua mãe, Maria, os apóstolos, Pilatos e Maria Madalena. A narrativa de Miriam evoca os principais aspectos do cotidiano na Palestina do Novo Testamento, neste romance primoroso, resultado de cinco anos de pesquisa histórica e arqueológica. Ele reconstitui de modo impecável e cheio de sensibilidade um período remoto e vultos célebres de que tanto ouvimos falar, mas que tão pouco conhecemos na sua dimensão humana e psicológica
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O Segredo de Caifás
Um manuscrito de dois mil anos revela a vida e os mistérios do judeu que condenou Jesus
Tendo Poncio Pilatos lavado as mãos para não se envolver diretamente no julgamento de Jesus Cristo, este acabou condenado à morte por José Caifás, supremo sacerdote do Templo de Jerusalém. Caifás era um dos judeus mais ricos daquela época e vivia suntuosamente. Em 1999, seus ossos foram encontrados numa urna de cobre, juntamente com os de uma mulher, um adolescente e dois meninos. De quem eram aqueles ossos? Que segredo Caifás levou para o túmulo?
Em torno desse mistério, a romancista espanhola Beatriz Becerra escreveu um dos mais fascinantes romances históricos dos últimos tempos, capaz de rivalizar com o próprio Dan Brown em seu “Código da Vinci”. Miriam, criada do palácio de Caifás, é quem nos vai fazer a revelação, numa história em que se entrecruzam os personagens mais proeminentes de seu tempo: Jesus, sua mãe Maria, os apóstolos, Pilatos, Maria Madalena.
A narrativa de Miriam evoca os principais aspectos do cotidiano na Palestina do Novo Testamento, num romance primoroso, resultado de cinco anos de pesquisa histórica e arqueológica. Ele reconstitui de modo impecável e cheio de sensibilidade um período remoto e vultos célebres de que tanto ouvimos falar, mas que tão pouco conhecemos na sua dimensão humana e psicológica
A vida na Palestina
O romance histórico “O Segredo de Caifás” (Geração Editorial, 304 páginas, R$ 34,90) da espanhola Beatriz Becerra, começou a nascer em 1990, com uma fascinante descoberta arqueológica no Monte Talpiyot, que fica a mais de três quilômetros de Jerusalém em 1990.
A autora, ainda uma jovem judia e filóloga bíblica trilíngue, foi chamada para participar da expedição, onde foram achadas de cinco a seis ossadas de pessoas diferentes numa tumba mortuária com a inscrição “Yehosef bar Qafa”, ou seja, “José, filho de Caifás”.
Depois de cinco anos de estudos e pesquisas, Beatriz Becerra decidiu criar um romance a partir do que se pôde apurar, mas também do que se pôde imaginar. Foi assim que ela deu vida, de forma emocionante, à criada Miriam – uma criada especial do palácio do Sumo Sacerdote e contemporânea de Jesus e seus apóstolos que guarda um segredo sobre a vida do poderoso Caifás.
“O Segredo de Caifás” é um best-seller na Espanha, com mais de 100 mil livros vendidos. Um dos motivos para o sucesso é a forma precisa e contagiante das recriações de fatos históricos; como a vida dos judeus e romanos em Israel, o magnífico Templo de Jerusalém, os conflitos entre os povos, a disputa pelo poder, o surgimento de Jesus e as suas pregações, a crucificação, as traições e os encontros eróticos dos principais personagens.
Jesus, João, Simão, Mateus, Lázaro, Esaú, Pôncio Pilatos e Jonas, entre outros são personagens de segundo plano, mas que a todo momento completam passagens importantes para desvendar a misteriosa trama. Miriam é uma jovem como poucas na época: ela sabe ler, escrever, fazer contas e tomar a frente dos negócios do pai, um comerciante de gado e leite da Judéia. Por volta dos 40 anos de idade, Mirian decide contar a sua vida em detalhes, após passar três anos em silêncio absoluto.
Desde criança Miriam se interessa pelas escrituras e recebe apoio incondicional do pai para apreender as informações dos manuscritos e decorar salmos, cânticos e histórias dos profetas. Ao ser indicada para viver da função dos estudos no Templo de Jerusalém, sua mãe Sara morre ao dar luz a sua irmã Séfora.
A vida da protagonista toma um rumo diferente ao ir morar com a recém nascida na casa da tia Salomé, mulher do pescador Zebedeu, em uma cidade distante, onde deixa para trás sua recente amizade com Jesus e passa a conviver com o seu primo João e seu vizinho Simão, apóstolos de Jesus no futuro.
A ebulição do cristianismo começa a aparecer em rodas de conversas e Jesus passa a dar sermões nos montes de Jerusalém e em diversas regiões de Israel. A vida de Miriam é composta por passagens deprimentes e alegres, como a paixão pelo pescador Simão, que a deixou apaixonada por muitos anos. Mas o homem não resistiu e se casou com outra mulher. Miriam torna-se amiga da prostituta Shifra e do cobrador de imposto Mateus, que se tornaram seguidores fiéis de Jesus. Vem então a tragédia com a irmã querida e o silêncio por um trauma que a deixou muda por três anos.
Miriam, devido a sua alta instrução, se torna professora do filho de Caifás e dama de companhia da esposa do sacerdote, além de amiga confidente da mulher de Pôncio Pilatos, Claúdia Prócula e de funcionários de alto escalão, como Caleb, velho assessor de Caifás.
A recriação dos bastidores do julgamento de Jesus por Caifás traz detalhes interessantes sobre a crucificação, a busca por livrar os demais apóstolos da perseguição do Sumo Sacerdote, a ressurreição e a queda do poder de Caifás, após 18 anos no poder do povo judeu.
Ao contar-nos sua própria história, Miriam nos coloca em contato com todos esses personagens célebres e cria uma obra surpreendente sobre o poder as palavras, a fragilidade das convicções e a atemporalidade dos sentimentos.

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